segunda-feira, 5 de novembro de 2018

LANÇAMENTO DO LIVRO TRISTÃO E ISOLDA EM CORDEL DE MARCO HAURÉLIO NA LIVRARIA PANAPANÁ (SÃO PAULO)

                               SITE DA EDITORA: https://www.sesispeditora.com.br

LIVRO:
TRISTÃO E ISOLDA EM CORDEL
autor: MARCO HAURÉLIO
editora SESI SP

Tristão e Isolda, a mais bela história de amor do Ocidente, ganha, graças
ao poeta Marco Haurélio, uma versão em cordel.

LANÇAMENTO:
Livraria PanaPaná
rua Leandro Dupre, 396
Vila Clementino
São Paulo - SP
telefone: (11) 5082-2132

DIA/ HORÁRIO:
10 / NOVEMBRO (sábado)
a partir das 14h

Tristão e Isolda  é uma história que desafia o tempo e  as  convenções  sociais.
 Nela, Tristão, o cavaleiro perfeito, poeta e  herói civilizador, defensor  da honra
e da liberdade, é envolvido na teia de um amor fatal,  do qual não  pode ou não
quer se livrar. Isolda é a imagem da mulher ao mesmo tempo bela e misteriosa, 
herdeira dos  segredos  das fadas da mitologia  da Irlanda, senhora  dos filtros
mágicos que podem trazer  a cura ou  a morte. Corrente nas  águas da tradição
do  mundo  celta,   a  lenda   dos  desventurados   amantes   foi  recontada  nos 
séculos XII e XIII, principalmente, por poetas e prosadores, alcançando  grande 
sucesso.  Depois  do   relativo   esquecimento   nos  anos  que  se   seguiram  à 
Renascença, o mito foi relido por Richard Wagner na clássica ópera de 1859.

Esta  versão  em  cordel,  gênero  poético que, em sua feição  mais  genuína, se 
vincula à canção  de  gesta e  à epopeia,  tem  o mérito  de  devolver  a  saga ao
gênero no qual debutou: a poesia. 


Trecho inicial do romance:

Meu pensamento viaja
Para outro tempo e lugar,
Enfrenta ventos vorazes,
Atravessa o velho mar
E numa fonte encantada
Vai a sede saciar.

Depois de dar muitas voltas,
Detém-se na Cornualha,
País onde Marc, o rei,
Encara feroz batalha,
Pois, se perder, trocará
O cetro pela mortalha.

Era uma guerra cruenta,
Porém Marc, sem temor,
Por Rivaleno ajudado,
Saíra-se vencedor,
E ofereceu ao amigo
A sua irmã Brancaflor.

Rivaleno governava
O reino de Leonis.
Ele amava Brancaflor;
Por isso ficou feliz
E com ela foi morar
No seu bonito país.

Brancaflor e Rivaleno
Vivem felizes um ano.
Quando a rainha engravida,
Vem o triste desengano:
O reino é ameaçado
Pelo pérfido Morgano.

Esse sujeito um exército
De mercenários formou,
Mas, fingindo querer paz,
Um banquete preparou,
Chamou o rei, ele foi,
E lá o bruto o matou.

Brancaflor, com a notícia,
Quis chorar, mas não podia.
O coração lhe apertava,
O corpo todo tremia.
Em gravidez avançada,
A pobre quase morria.

Quatro dias depois disso,
A rainha recebeu
O seu filhinho nos braços,
O que muito a enterneceu,
Porém a dor que sentia
Quase nada arrefeceu.

Dizia: – Filho querido,
Corda do meu coração,
Já que nasceste em tristeza,
Desde a sua conceição,
Tu, meu menino tão belo,
Serás chamado Tristão.

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