LIVRO:
TRISTÃO E ISOLDA EM CORDEL
autor: MARCO HAURÉLIO
editora SESI SP
Tristão e Isolda, a mais bela história de amor do Ocidente, ganha, graças
ao poeta Marco Haurélio, uma versão em cordel.
LANÇAMENTO:
Livraria PanaPaná
rua Leandro Dupre, 396
Vila Clementino
São Paulo - SP
telefone: (11) 5082-2132
DIA/ HORÁRIO:
10 / NOVEMBRO (sábado)
a partir das 14h
Tristão e Isolda é uma história que desafia o tempo e as convenções sociais.
Nela, Tristão, o cavaleiro perfeito, poeta e herói civilizador, defensor da honra
e da liberdade, é envolvido na teia de um amor fatal, do qual não pode ou não
quer se livrar. Isolda é a imagem da mulher ao mesmo tempo bela e misteriosa,
herdeira dos segredos das fadas da mitologia da Irlanda, senhora dos filtros
mágicos que podem trazer a cura ou a morte. Corrente nas águas da tradição
do mundo celta, a lenda dos desventurados amantes foi recontada nos
séculos XII e XIII, principalmente, por poetas e prosadores, alcançando grande
sucesso. Depois do relativo esquecimento nos anos que se seguiram à
Renascença, o mito foi relido por Richard Wagner na clássica ópera de 1859.
Esta versão em cordel, gênero poético que, em sua feição mais genuína, se
vincula à canção de gesta e à epopeia, tem o mérito de devolver a saga ao
gênero no qual debutou: a poesia.
Trecho inicial do romance:
Meu pensamento viaja
Para outro tempo e lugar,
Para outro tempo e lugar,
Enfrenta ventos vorazes,
Atravessa o velho mar
E numa fonte encantada
Vai a sede saciar.
Depois de dar muitas voltas,
Detém-se na Cornualha,
País onde Marc, o rei,
Encara feroz batalha,
Pois, se perder, trocará
O cetro pela mortalha.
Era uma guerra cruenta,
Porém Marc, sem temor,
Por Rivaleno ajudado,
Saíra-se vencedor,
E ofereceu ao amigo
A sua irmã Brancaflor.
Rivaleno governava
O reino de Leonis.
Ele amava Brancaflor;
Por isso ficou feliz
E com ela foi morar
No seu bonito país.
Brancaflor e Rivaleno
Vivem felizes um ano.
Quando a rainha engravida,
Vem o triste desengano:
O reino é ameaçado
Pelo pérfido Morgano.
Esse sujeito um exército
De mercenários formou,
Mas, fingindo querer paz,
Um banquete preparou,
Chamou o rei, ele foi,
E lá o bruto o matou.
Brancaflor, com a notícia,
Quis chorar, mas não podia.
O coração lhe apertava,
O corpo todo tremia.
Em gravidez avançada,
A pobre quase morria.
Quatro dias depois disso,
A rainha recebeu
O seu filhinho nos braços,
O que muito a enterneceu,
Porém a dor que sentia
Quase nada arrefeceu.
Dizia: – Filho querido,
Corda do meu coração,
Já que nasceste em tristeza,
Desde a sua conceição,
Tu, meu menino tão belo,
Serás chamado Tristão.
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