DÊ LIVROS DE PRESENTE!
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SOBRE O LIVRO:
SITE DA EDITORA: http://grupoeditorialzit.com.br
INDICAÇÃO: a partir de 12 anos (leitor crítico)
144 PÁGINAS
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Ed é um garoto muito inteligente e curioso, mas menos valente do que gostaria.
Ele está de férias na casa dos avós, em Vassouras. Naquele verão, porém, a
curiosidade de Ed está mais aguçada do que o normal. Uma sequência de acasos
faz com que a sua curiosidade fique mais incontrolável ainda. Ed fica com desejo
de desvendar os segredos que parecem rondar a cidade. Quem é Coxo, afinal?
Ed sabia que naquela cidade era proibido falar ou indagar sobre Coxo, um velho
de pés tortos, cego e com cicatrizes profundas, que faziam dele uma mistura de
Coringa com Duas Caras. Coxo cometeu mesmo um crime no passado? Este e
outros boatos circulavam pela cidade de Vassouras.
Logo, as investigações do garoto vão fazê-lo desconfiar que todo aquele mistério
aponta, surpreendentemente, para a sua própria família. Há algo no passado de
seu avô, que a tristeza de sua avó não consegue de todo esconder. Há muito a
descobrir - e parte dessas descobertas podem apontar para fatos dolorosos e
trágicos do passado.
Com uma trama que deixa o fôlego do leitor em suspenso da primeira até a última
linha, CABRA-CEGA de CACAU VILARDO é um delicioso thriller à brasileira. E é,
também, um romance de formação. Trata-se de um romance breve, voltado para o
público infantojuvenil, que resgata o melhor da tradição ficcional brasileira em
relatar as peripécias de jovens, vivendo a transformação do amadurecimento.
Ed, envolto em reviravoltas e em revelações, acaba se deparando com o fato de
que a vida não é, exatamente, um embate entre o bem e o mal. E que as pessoas
e relações nem sempre cumprem o roteiro que haviam planejado.
TRECHO:
"Antes do sol pegar no sono, os moleques paravam o jogo e todos nós íamos pro início
de uma estrada de terra que ficava ao lado do campo de futebol. Lá, a gente esperava
pelo Coxo, um homem meio velho e de pés tortos.O Coxo era cego. Cicatrizes profundas
desenhavam seu rosto. Ele era uma mistura de Coringa com Duas Caras. Todo dia, o
Coxo aparecia na estrada de terra andando na direção do centro da cidade.
Diziam que ele tinha cometido alguns crimes quando mais jovem, coisas que garoto novo
não devia saber. Todos os moleques tinham medo de Coxo.
Quando ele passava, a molecada fazia silêncio. A gente olhava o arrastar da perna dele.
Os pés tortos rabiscavam o barro da estrada. Quando Coxo parava, todos os moleques
brincavam de estátua.
Silêncio."
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