INDICAÇÃO: a partir de 12 anos (leitor crítico)
56 PÁGINAS
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Para CONTOS DE AMOR DOS CINCO CONTINENTES, ROGÉRIO ANDRADE
BARBOSA selecionou cuidadosamente e recontou histórias, que ninguém
sabe dizer exatamente, nem como, nem quando elas surgiram, mas que
acabaram se perpetuando no tempo e encantando gerações.
O tema predominante, em todos os contos, é o AMOR, contado por povos de
5 continentes: OCEANIA, AFRICANO, ASIÁTICO, AMERICANO e EUROPEU.
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CONTO DA OCEANIA - NERIDA E BIRWAIN
Na grande ilha, que domina o continente Oceania, hoje, Austrália, vivia um antigo
povo aborígene, chamado wiradjuri. Nas histórias deste povo, é que encontramos
narrativas sobre o assustador monstro Wahwee, figura horrenda, que está presente
no conto de amor, que representa, neste livro, a Oceania.
Os jovens Nerida e Birwain costumavam frequentar um lugar perto de um lago.
O local era sagrado. Lá, habitava Wahwee, monstro com corpo disforme, comprido
como o de uma serpente e a cabeça semelhante à de um ser humano. Esta figura
estranha se sentiu desrespeitada pela ousadia dos jovens, Nerida e Birwain, que
invadiram a sua propriedade e deviam pagar por isto. Wahwee disse que um dia
iria roubar Nerida. Para salvar seu povo, Nerida decidiu entrar nas águas do lago
para pedir desculpas a Wahwee, o senhor das profundezas. Nerida foi, mas não
voltou. Birwain se desesperou e disse: Meu amor irá trazê-la de volta. Será que o
jovem casal conseguirá concretizar o amor que um tinha pelo outro? Este conto
reserva para os leitores um final surpreendente.
“Aqui vou te esperar todos os dias,
Amor de minha vida.
Aqui permanecerei até voltares para mim.
Volte, Nerida, eu te imploro, volte.”
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CONTO DA ÁFRICA - YENNENGA, A MULHER-SOLDADO
Este conto representa o povo mossi, da região da África Central, hoje chamada de
Burkina Faso. Em tempos distantes, o imperador Nedega era senhor absoluto de
uma imensa região. Como de hábito, tinha várias esposas e uma enorme prole, constituída, para seu desgosto, só de meninas. Entre todas, a filha Yennenga, por
ter uma personalidade forte, era a filha predileta do imperador Nedega. Por isto, ele
resolveu criá- la feito um homem e educá-la na arte da guerra. A filha Yennenga, ao
atingir a maioridade, foi designada comandante suprema do Exército. Yennenga
vestia-se e lutava como um homem, mas sonhava em casar e ter filhos. O pai não
permitiu que isto acontecesse. Irado, o imperador Nedega baniu Yennenga de seu
reino. E assim, ela partiu. Em sua jornada, Yennenga encontrou um jovem caçador
de elefantes, de nome Riale.
“O caçador, intrigado, seguiu os rastros deixados pelo cavaleiro.
E mais desconfiado ficou ao ver que as pegadas iam dar na porta
de sua cabana.
A surpresa foi maior ao ver uma moça tremendo de frio, estirada
no chão, em trajes masculinos, esfarrapada como se fosse uma
mendiga.
Riale reacendeu a fogueira, molhou os lábios da jovem com a
água de seu cantil e deitou-se bem junto a ela, para aquecê-la com
o calor de seu corpo.
Yennenga acordou nos braços de Riale. Foi o primeiro dos muitos
abraços trocados entre o caçador de elefantes e a princesa soldado.”
Por desejar muito encontrar um amor ideal, Yennenga se casou com Riale e dessa
união, nasceu um filho homem.
O que acontecerá com o casal Riale e Yennenga?
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CONTO DA ÁSIA - OS PÁSSAROS DO ARROZ E A FLOR DE LÓTUS
O conto, que representa a Ásia, veio da Tailândia, propaga os ensinamentos do
Budismo e destaca a crença na reencarnação, que aparece, nesta narrativa, como
um elo do amor eterno.
Assim é o conto da princesa e de um colhedor de arroz, que voltam a se encontrar
em uma outra vida, depois de terem sido separados, quando, em outra encarnação,
eram pássaros, que morreram com os filhos, em um incêndio.
O conto Os Pássaros do Arroz e a Flor de Lótus resgata um amor perdido numa
vida passada. Saiba como isto aconteceu.
"- Parece que lhe conheço há tanto tempo - disse ela, timidamente,
ao rapaz parado no meio do corredor.
- Eu também. Por isso lhe contei essa história. Eu me sinto como
o arqueiro que abateu a águia. O mergulhador que a resgatou. O
monge que lhe trouxe de volta à vida. E além de tudo, o adivinho
que previu o nosso encontro. Desde o momento que pus meus
olhos em você, uma voz invisível me dizia que havíamos nascido
um para o outro."
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CONTO DA AMÉRICA - FLOR DE SALGUEIRO E NUVEM BRANCA
Do povo Tewa, indígenas do continente americano, o conto destaca o amor de um
casal - Flor de Salgueiro e Nuvem Branca.
"- Eu lhe seguirei a qualquer lugar que você for - prometia o marido.
- Que o Grande Espírito das Montanhas lhe ouça - respondia a esposa.
Eles tinham motivos de sobra para ser felizes até a velhice. Mas não
foram."
Não foram porque foram separados pela morte de Flor de Salgueiro. Desafiando as
vontades dos deuses e desrespeitando os costumes de seu povo, Nuvem Branca
tentou trazer a esposa de volta. Aterrorizado, depois, tentou despistar o espírito
da esposa que, agora, o perseguia. Foi quando um xamã apareceu e decidiu ajudar
o casal, invocando a proteção dos espíritos.
O conto, que representa o continente americano, traz uma reflexão sobre a tradição
xamanista, que através dos xamãs, procura solucionar os problemas das pessoas
fazendo contato com o mundo espiritual e os Seres Sagrados que o habitam.
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CONTO DA EUROPA - OS PINHEIROS DE UGERUP
O conto, que representa o continente Europeu, vem da Suécia e traz a história de
amor de Thale e Ugerup.
Ugerup nasceu na Dinamarca, pertencia a uma família nobre e cresceu em um
castelo, na região de Skane, um dos lugares mais bonitos da Suécia. Foi lá que
Ugerup conheceu Thale, filha de um rico fazendeiro. Eles estavam prestes a se
casar, quando a Dinamarca e a Suécia iniciaram uma guerra. Ugerup, oficial da
marinha, se apresentou para defender a Dinamarca, mas foi aprisionado e levado
para Estocolmo. Na prisão, não conseguia parar de pensar em Thale, sua noiva.
Por ser um nobre, fez uma petição, de próprio punho, ao rei da Suécia. Meses
mais tarde, recebeu a notícia que o rei iria recebê-lo. Ugerup se pôs de joelhos
perante o rei, que disse:
"- Li a sua carta. Nela, conforme entendi, solicita liberdade condicional
para se casar.
- Sim, sua majestade. Prometo regressar, como lhe escrevi, tão logo a
plantação que pretendo cultivar e deixar como dote à minha esposa
tenha sido colhida."
A autorização foi concedida. Ugerup não plantou trigo ou outro cereal, mas sim,
uma fileira de mudas de pinheiro, como prova de amor à sua esposa.
Ao saber que Ugerup plantara pinheiros, o rei percebeu o quanto o prisioneiro
era astuto.
O final deste conto irá surpreender o leitor. Ficará provado que não há força maior
do que o amor. Vale conferir.
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Ao final do livro, o texto "HISTÓRIAS DE AMOR QUE SE ENTRELAÇAM COM A
HISTÓRIA DO MUNDO", assinado por Rosana Rios (escritora, roteirista, ilustradora,
arte-educadora e apaixonada por boas histórias) amarra os cinco contos de amor recontados por Rogério Andrade Barbosa e ajuda o leitor a entender a cultura de
cada povo dos cinco continentes.
O livro CONTOS DE AMOR DOS CINCO CONTINENTES abre espaço para o leitor
conhecer o reconto, narrativa , que resgata a literatura oral, a leitura, o prazer de
ouvir e contar histórias.
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ILUSTRAÇÕES:
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OS AUTORES:
Merece destaque a caprichada edição deste livro, publicado pela EDITORA DO BRASIL. Em CONTOS DE AMOR DOS CINCO CONTINENTES, Rogério Andrade
Barbosa , escritor brasileiro, recontou as cinco histórias; o ilustrador Maurício
Negro, também brasileiro, fez o livro ficar mais atraente com suas ilustrações e
projeto gráfico (capa, guardas, abas e quarta capa) e os ilustradores estrangeiros
- David Gray-Barnett (Oceania) / Setor Fiadzigbey (África) / Suntur (Ásia) / Brooke
Smart (América) / Elisabet Ericson (Europa) - representando cada um dos cinco continentes, trouxeram autenticidade para esta obra.
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