sexta-feira, 6 de outubro de 2017

LANÇAMENTO DA EDITORA ZIT, na LIVRARIA BLOOKS: MARINELA de LUCIANA GRETHER (RIO DE JANEIRO)


O CONVITE 
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O LIVRO:
                                    SITE DA EDITORA: https://ziteditora.com.br

INDICAÇÃO: a partir dos 8 anos (leitor em processo)

32 PÁGINAS 

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Marinela é  uma garota  alegre que mora  num castelo com a  avó e a tia, e
que  aguarda  a chegada de um  príncipe que vai lhe  pedir em casamento.
Pelo menos é o que  dizem  lá  no sertão  onde  fica o  castelo — que é, na
verdade, uma  casa de  taipa. É nesse sertão cheio  de vida  e  de cantoria,
no  qual o povo trabalha  e se diverte sobre  a terra batida, fazendo versos
de improviso, que a menina espera, espera... Mas nada do príncipe chegar.

Marinela espiava pela fresta, o tal príncipe ela não via.
Dançava com esperança e desfazia a longa trança.
O tempo que passava virava reza.
O vento levava e o movimento que o vento fazia
era sinal de novos tempos. Tempos de poesia.

Marinela se dedicou a cantar versos de improviso,
cultivar rosas sem se espetar com espinhos,
desenhar pela estrada, inventar os caminhos.
Sem pressa aprendeu que ela era dona do tempo.
E que sublime o tempo é!

Quando esfria lá fora, ela esquenta a fogueira.
Quando é calor de verão, ela vai pro poço da ribeira.

Quando das árvores caem folhas no chão,
ela arruma sua cama de esteira.
Porque o tempo, mais do que lembrança, é presença.

Aos  poucos,  a espera vai ficando para  trás. Marinela,  menina encantada
pelo  mundo ao  redor, vai  crescendo e descobrindo  que é  dona  de  seu
próprio tempo. E que não precisa de príncipe nenhum  para viver  plena  e
feliz.  

Com  imagens  e versos de extrema delicadeza, Luciana Grether dá vida a
personagens que representam a exuberância singular do sertão brasileiro.
Lançando luz a um espaço e a  um viés  tão pouco  retratados na literatura
para crianças, a autora  elabora um  precioso elogio à  força  da sabedoria
feminina e  da cultura do  interior do país. Palavras  como “feminismo” ou
“emancipação” não aparecem em parte alguma na narrativa. Este é, porém,
um livro feminista — e  um  elogio à emancipação, à força  e  à criatividade
das mulheres.

E é, também, uma história sobre o tempo. Sobre a sabedoria e a intuição —
tão femininas — de quem  aprende a  lidar com  os ritmos da natureza  e da
vida. De quem substitui a espera passiva e  subserviente  pelo  labor e  pela
alegria de pertencer a uma cultura e a um lugar. Marinela é uma personagem
rara nas narrativas do gênero. Negra, pobre, habitante do sertão, esse lugar
tão negligenciado, representa todas as  meninas brasileiras  cheias de vigor
e de sensibilidade, que traçam sua própria história à revelia de príncipes ou
reinos encantados.


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