domingo, 29 de outubro de 2017

HOMENAGEM - 85 ANOS DE ZIRALDO

Postado por DANIELE PECHI

Foto: Ana Colla
Um dos  escritores mais amados por gerações  e gerações de  leitores, o criador do best-seller O Menino Maluquinho chega aos 85 anos de idade atraindo legiões de fãs
Uma data emblemática como essa não  poderia  passar em  branco, não é  mesmo? Há  85 anos nascia Ziraldo. Em quase  quatro décadas, o autor já  lançou mais de 200  obras, entre  literatura, livros de pano e de atividades. Somados, representam mais de 6  milhões de exemplares. Dentre os destaques, além de O Menino Maluquinho (com mais de 3,5 milhões de  exemplares vendidos e 116 edições), estão Uma Professora Muito Maluquinha; Menina Nina; O Menino da Lua; Nino, o Menino de Saturno; o juvenil Vito Grandam. Seu  lançamento  mais recente  é o livro Meninas, de 2016, que aborda a fase  mágica da infância das garotas e é uma resposta à provocação de uma pequena leitora, em uma seção  se autógrafos  em Vitória-ES, que  perguntou ao escritor por que ele só falava de meninas em seus livros.
Um dos autores brasileiros que ganharam o mundo, Ziraldo tem em torno de 50 títulos traduzidos para  mais de 10  idiomas, como  inglês,  francês, alemão,  espanhol, catalão,  sueco, norueguês, japonês, chinês e hebraico. Uma  trajetória invejável que faz  se multiplicar as  comemorações de seus 85 anos de idade.
Biografia do autor
E não faltam histórias. Formado bacharel em  Direito pela Faculdade de Direito de  Minas Gerais, de Belo Horizonte, Ziraldo  Alves  Pinto enveredou  desde cedo por  atividades que exploravam a criatividade, talento revelado já na infância através de seus desenhos. Nascido na cidade mineira de Caratinga, em outubro de 1932, o primogênito de  sete irmãos,  que foi batizado  com a junção dos nomes dos  pais, a  costureira Zizinha  Alves Pinto e o  guarda-livros  Geraldo Alves  Moreira Pinto, sempre teve  o  incentivo da  família para  explorar  seu  talento. Tanto que, com  apenas 6 anos, publicou seu primeiro desenho no jornal A Folha de Minas.
Leitor de escritores como Viriato Correia e Clemente Luz e apaixonado pelos  quadrinhos  de Hal Foster, Alex  Raymond, V.  T.  Hamlin  e  R. B. Fuller, com 16  anos  transferiu-se  para  o  Rio  de Janeiro-RJ, onde cursou o científico, levando na bagagem sua produção  de caricaturas, histórias em quadrinhos, cartazes  políticos, ilustrações, contos  e  poesias. Enquanto  procurava trabalho, publicou desenhos em  revistas como Coração, Sesinho, Vida  Infantil e Vida  Juvenil e O  malho. Dois anos depois, voltou para Minas Gerais, prestou serviço militar e ingressou  na  faculdade de Direito.
Já  formado, em 1957 passou a  publicar regularmente na  revista  A  Cigana  e, no ano seguinte, mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro e  começou  a  trabalhar  na  revista O  Cruzeiro Internacional. Nos anos 1960, criou uma turma para o personagem Saci-Pererê, que já  aparecia na  revista  O Cruzeiro,  e acabou virando desenhista de histórias em quadrinhos com o lançamento da revista Pererê, da qual faziam parte o Saci e toda a turma. Uma coisa foi levando à outra e, em 1969, publicou o primeiro livro destinado ao público infantil, Flicts, que aborda a história de uma cor que não encontra seu lugar no mundo.
Nessa época, sua obra como desenhista e cartunista já havia conquistado reconhecimento internacional. Inclusive com premiações, como o Oscar Internacional de Humor, arrematado no 32.º Salão Internacional de Caricaturas, em Bruxelas, e foi o primeiro latino americano a ser convidado a fazer um cartaz para o Unicef.
Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, ao lado de Jaguar, Claudius e Sérgio Cabral, entre outros, que foi publicado de 1969 a 1991. Como sempre expressou suas posições políticas, durante a Ditadura Militar no país, foi preso diversas vezes.
Fonte: Editora Melhoramentos

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