INDICAÇÃO: a partir de 8 anos (leitor em processo)
24 PÁGINAS
“ A ideia da leitura aplica-se a um vasto universo. Lemos a emoção no
rosto das pessoas, lemos as nuvens para sabermos o tempo, lemos
a vida em geral. Tudo pode ser uma página. O que faz com que alguma
coisa seja uma página é a intenção da descoberta em nosso olhar.”
MIA COUTO
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Foi a intenção da descoberta no olhar de CELSO SISTO que fez com que ele
contasse, no seu livro LUZ DOS MEUS OLHOS, com muita delicadeza, a
relação de afeto entre um pai deficiente visual e sua filha.
CELSO SISTO escreveu e ilustrou este livro inspirado na história de vida de
seu cunhado Eduardo Nogueira e de Duda Sisto, sua sobrinha (hoje com 20
anos).
SISTO sempre viu muita poesia na maneira como Duda tratava o pai. Ao
longo dos anos, o autor capturou e registrou momentos repletos de amor e
carinho entre os dois e, só agora, resolveu dividir estes sentimentos com
seus leitores.
A personagem Duda é quem relembra, em uma carta, para o pai, os momentos
vividos na história de vida deles, história esta que mexe com as emoções e
revela todo o afeto e carinho que um tem pelo outro.
Pai, não vou poder contar tudo que ficou guardado
na minha caixa de segredos, mas levei muito tempo
para entender o que você queria dizer quando dizia:
“Minha pequena Duda, luz dos meus olhos”.
No livro LUZ DOS MEUS OLHOS, impressōes e doces lembranças costuram a
narrativa e têm o mérito de envolver, encantar e emocionar os leitores.
PREMIAÇÃO:
O livro LUZ DOS MEUS OLHOS, com texto e ilustrações assinados por CELSO
SISTO (EDITORA DO BRASIL), recebeu, em 2017, da CÁTEDRA UNESCO DE
LEITURA PUC ‐ RIO, o selo SELEÇÃO CÁTEDRA 10.Este selo celebra obras
literárias de excelência, obras com valor literário, plástico e editorial.
ILUSTRAÇÃO:
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Nas ilustrações do livro LUZ DOS MEUS OLHOS, CELSO SISTO fez uso de tinta
acrílica quase seca (que dá um efeito de giz pastel), canetas gel e alguns detalhes
em colagem.
Na construção da narrativa visual, CELSO SISTO, para registrar as sensações e as
emoções do personagem deficiente visual, ‘brinca’ com a percepção da luz de quem
não enxerga. Segundo o artista, seu cunhado sempre contou que, mesmo não
enxergando, sabe quando está num lugar muito escuro, menos escuro, na claridade
e na luz do sol. Por isso, pretendendo se comunicar com o leitor, para fazê-lo
sentir o que o personagem sente, retrata, nas cores de fundo de página, as diversas
exposições à luz: a cor preta (escuridão), o azul-marinho (a penumbra), a cor branca
(a luz) e o amarelo (muita luz).
As ilustrações de CELSO SISTO, com certeza, conferiram mais força ao seu texto.
O AUTOR:
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