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COLEÇÃO ESPAÇO ABERTO
INDICAÇÃO: a partir de 10 anos (leitor fluente)
32 PÁGINAS
Este livro nasceu da observação da autora. Comendo um acarajé em João
Pessoa, cidade onde reside atualmente, ela percebeu que a Bahia e as baianas
estão em todos os cantos do Brasil.
"TABULEIRO DA BAIANA" foi escrito a partir da ideia de que seria muito
interessante pesquisar e escrever sobre as baianas da Bahia e sobre o ofício
que elas desenvolvem.
Como a capa do livro e o título anunciam, a escritora / ilustradora Elma mostra,
aos leitores, em seu novo livro, "O QUE É QUE A BAIANA TEM".
Com uma linguagem enxuta e fluida, a história da baiana Arminda é narrada.
Arminda é uma mistura de muitas mulheres, que estão espalhadas pelo
Brasil e que exercem o ofício de vendedora de sabores e também, de afetos.
Arminda tem um tabuleiro repleto de quitutes: acarajés, tapiocas quentinhas,
cocadas... A clientela faz fila para saborear todas estas delícias, que Arminda
prepara, com muito carinho e capricho.
"Arminda Baiana,
Quando apregoava, enchia a rua de sabor e a freguesia fazia fila.
Olha o acarajé, olha o acarajé!
Tem fraco, tem forte
Pra quem quiser, e quente!
Bem picante, minha gente!
Era assim o dia inteiro."
Mesmo sendo uma pessoa com talento enorme para a culinária e sendo
uma cozinheira de mão cheia, a baiana Arminda, um dia, resolve parar. Decide
abandonar o seu ofício. Os clientes sentem falta de Arminda. Tudo fica, então,
sem cheiro, sem sabor.Tudo fica triste. Mas, a história não acaba aqui. A história
da baiana Arminda se desdobra em outras histórias, que leitores, de todas as
idades, irão gostar muito de conhecer.
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VOCÊ SABIA?
Você sabia que o ofício das baianas é patrimônio imaterial brasileiro, parte
das tradições afro-brasileiras, que integram a cultura plural do nosso país?
Sim, a Lei Municipal n. 12.175, decretada em Salvador, no dia 25 de
novembro de 1998, reconhece a riqueza e o legado histórico deste ofício
para a nossa sociedade.
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Esta não é só mais uma história que Elma preparou para os seus leitores. É
uma homenagem, e ao mesmo tempo, uma declaração de respeito ao ofício das
baianas, figuras populares da cultura brasileira.
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AS ILUSTRAÇÕES:
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As ilustrações deste livro impressionam.
A beleza de tudo está na simplicidade, no menos que é mais.
É muito interessante observar as escolhas feitas pela artista para as imagens
do livro: poucas cores e poucos detalhes. As imagens reforçam a ideia de
ausência.
destacar os personagens, não detalhou as cenas. Fez esta opção para que
o leitor pudesse, com a própria imaginação, levar a história para onde
quisesse e para, quem sabe, olhar com atenção o entorno.
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O que prevalece, nesta obra, nos fundos de páginas, é o uso da cor branca,
exceto em duas delas. Nestas, Elma utilizou a cor cinza, como fundo, para
mostrar a mudança de sentimentos dos personagens, que se apresentam,
tristes e cabisbaixos, porque a baiana Arminda deixou o trabalho.
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O tratamento gráfico do livro, assinado por André Neves, é uma atração à parte
e revela um projeto cuidadoso.
Alguns destaques:
- recurso gráfico - as letras 'envernizadas' das palavras, que aparecem na capa,
contrastam com o acabamento fosco do fundo de página e imagem;
- capa com abas / cor e desenho aquarelado na parte interna das abas;
- texto e espaçamento entre as linhas bem distribuídos nas páginas, buscando
o equilíbrio entre texto e imagens;
- diagramação: algumas palavras e frases aparecem ampliadas / numa mesma
página, aparece fonte de diferentes cores e tamanhos;
- páginas sem numeração;
- ilustração (pessoas na fila) na página de rosto e na última página do livro, para
representar a continuidade de um ofício (venda de quitutes) que passa de mãe
para filha, de geração a geração...
Dá gosto passear pelas páginas deste livro!!!
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A AUTORA:
2 comentários:
Olá Cristina!
Muito bom sabermos que o nosso trabalho é admirado e sobretudo respeitado por pessoas que amam a nossa literatura.
Obrigada!
Elma
Elma,
Sou apaixonada por literatura de um modo geral, mas a literatura
infantojuvenil, para mim, é muito especial.
Seu livro "TABULEIRO DA BAIANA" é um livro que é para ser lido e
relido, contado e recontado. É um livro, que veio para ficar para
sempre.
Tece, com emoção e sensibilidade, a história da baiana Arminda e
ao mesmo tempo, a história de todas as outras baianas, que estão
espalhadas pelos quatro cantos do Brasil. Linda homenagem!
Adorei receber seu comentário!
beijo
Cristina
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