quinta-feira, 3 de outubro de 2019

UM CONTO POR UM GUARANÁ de FERNANDO A. PIRES (EDITORA ABACATTE)


DÊ LIVROS DE PRESENTE!


                             SITE DA EDITORA: http://www.abacatteeditorial.com.br


INDICAÇÃO: a partir de 12 anos (leitor crítico)

136 PÁGINAS

PRÊMIOS:
FINALISTA  DO  PRÊMIO  JABUTI,  NO  ANO  DE  2016,
  NA  CATEGORIA  LITERATURA  JUVENIL

- PRÊMIO GUAVIRA - 2016 - SEGUNDO LUGAR


- SELECIONADO  PELO PNLD 2020



Trechos do relatório do FNDE:


"A linguagem é simples e direta,  carregada de humor e leveza,  poderá ser bem
acolhida  por  estudantes  da  faixa  etária  a que  esta obra  é destinada  (6º e 7º
anos do Ensino Fundamental), pois  dialoga  com  seus  interesses.  A narrativa
é bem  desenvolvida,  de modo que  prende a  atenção do  leitor  pelo  que  está 
por vir, uma vez que o enredo não é óbvio e os desfechos  são  surpreendentes.

Os temas tratados nos contos da obra,   para além de abordar  sobre  fantasia e

mistério,  falam  sobre  a insubmissão  a uma lógica que  simplifica e padroniza 
as identidades.  Assim,  é possível refletirmos  sobre  metáforas desafiadoras...
Dessa   forma,    as   narrativas   permitem  reflexões   sobre   a   construção  de
identidades e sobre o respeito às diferenças.

Um conto por um guaraná proporciona experiência literária e estética que pode

contribuir para a ampliação do repertório cultural e de leitura dos alunos."

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O livro  UM  CONTO POR UM GUARANÁ  tem  o  mérito  de reunir 7 contos, que
são,  aparentemente,  independentes, mas eles  têm  coisas  em  comum. Leitor,
se   juntarmos  os 7 contos, eles vão nos contar uma outra história.

Estas histórias, aqui  reunidas, foram contadas ao autor deste livro,  quando ele
era ainda um menino,  por  um senhor  português, chamado  José  Glucídio. Ele
criava  estas  histórias  a  partir  dos  fatos  que  aconteciam  a  sua volta  e  das
pessoas  que conhecia.

FERNANDO A.  PIRES,  autor  e  ilustrador,  deste  já  premiado  livro, apresenta  
histórias sobre temas não  só   inusitados, mas  também, muito  divertidos,  que
vão surpreender e divertir muito o leitor.

OS CONTOS, DESTE LIVRO, SÃO OS SEGUINTES:


1. O ELEFANTE QUE NUNCA MAIS JOGOU XADREZ
2. CÃO E GATO
3. O PRÍNCIPE PULGUENTO
4. O PARQUE DE DIVERSÃO DAS TORRES DE TRANSMISSÃO
5. O RECADO DA BALEIA
6. 1 CONTO PARA JOSÉ GLUCÍDIO
7. CORAÇÃO DE GIRAFA



.Caro leitor, você já ouviu falar de alguém que  tem memória de elefante? Pois  bem,
este  é  o  tema  do  conto 1.  O  elefantinho  Misha,  por causa  da  sua  memória de 
elefante, se tornou  um grande mestre  do  xadrez,  ficou famoso  e foi  parar na  TV.
Um dia, ele...  O  que será que aconteceu com Misha depois de tudo?

.No  conto  2, você,  leitor,  vai  conhecer  o  menino  Emanuel,  que  no  dia  de  seu 
aniversário,   ganhou   de  presente  um   livro   e  um cachorrinho,  para   ajudá-lo  a  pastorear  as ovelhas.  Aquele  foi  o dia mais  feliz da sua  vida.  Mas quem  poderia  imaginar que  aqueles  presentes  iriam determinar  o futuro do menino?  Um  dia, o
cãozinho de Emanuel se  misturou à uma ninhada de gatos  e  Emanuel  levou  para 
casa um gato no lugar de um cão.Ao perceber a troca, já era tarde demais. Adivinhe
o  que  o  severo  pai de  Emanuel  fez quando  soube  que  o filho caçula,  no pasto,
enfrentou os lobos com um gato chamado Cão e um cão chamado Gato?  


.O reino de Crocócis era governado pelo rei Chatosis IV, o Insuportável, que tratava
o seu povo muito mal. A rainha Exibidis era de uma vaidade insuportável. Ela deu à
luz um filho mais insuportável ainda. Para batizá-lo, o rei mandou chamar Sabitudis,
o mais poderoso e respeitado  mago sábio do  reino. Caberia a Sabitudis escolher o
nome do herdeiro. É disto o que trata o conto 3 deste livro. Agora, imagine. O que o
rei  e  a rainha  acharam  do  nome  Cósquis,  escolhido  pelo  sábio, para o príncipe  herdeiro? Como eles  ficaram,  também, quando  nas reverências ao recém-nascido,
um menininho de um reino vizinho disse:
                      "- Eca! O nenê tá cheio de pulgas!"(Página 51)


.A quarta  história  é  narrada em  primeira pessoa. Quem  narra os  fatos é o autor, 
FERNANDO A.PIRES, que  na  sua infância, costumava  passar  as  férias no litoral.
No caminho,  ele  e  o pai  paravam  no  posto O Violonista,  para  colocar  água  no 
radiador do  carro, que tinha uma pequena rachadura. Era sempre assim, todo ano: 
o  pai  comprava  um guaraná para  Fernando e ele  ficava conversando  com  José 
Glucídio,  um   senhor  português,  que  vivia  sentado  nos  fundos  da  lanchonete
do  posto  e  contava  muitas  histórias  para ele.  As  histórias,  que  José  Glucídio  
contava,  não  tinham  cabimento. Como  imaginar torres de transmissão brincando
e  pulando corda?  É neste  conto  que  o leitor  vai  entender o  porquê do  título do
livro: "UM CONTO POR UM GUARANÁ" e  vai saber que Glucídio deixou o pequeno 
e bem  antigo  livro  infantil, CORAÇÃO DE GIRAFA,  de presente para Fernando. 

.Atenção, leitor! O conto 5 contém pistas para você decifrar O RECADO DA BALEIA,
que é o título da história. Pedro Cobra gostava muito de participar  de avistamento
de baleias.  Certa vez, num  barco de  pesquisadores  de  uma  universidade, ouviu
baleias cantarem , como se comunicassem debaixo d'água. Pedro começou a ficar
interessado  nas  pesquisas. Pesquisou  por  dez  anos,  mas  isto  se  tornou  uma 
obsessão.  Ele  adoeceu  e  desistiu  das  pesquisas. Tente,  você  leitor,  decifrar  o 
recado que a baleia deixou para Pedro Cobra. "Só uma dica: as letras maiúsculas."
(Página 102)


.O conto 6  conta a  história  do  príncipe  Eduardo  que  tinha  um alazão  chamado 
Radiador, que só  bebia  guaraná.  Ele  era  um cavalo muito estranho. Nas viagens, 
quando avistava um castelo, queria sempre parar para tomar guaraná, é claro. Mas,
foi  por  conta disto,  que Eduardo  acabou vivendo  a  maior de suas aventuras. Ao
parar  num  castelo de  beira  de estrada, conheceu a mais bela princesa do  mundo.
Ela, por ter derrubado um  balde de  guaraná  no  chão, foi  aprisionada, pelo rei, na
torre  mais alta do castelo. Eduardo pediu ajuda  para libertar a  princesa à  Estátua
daTorre. Será  que Eduardo conseguiu  libertá-la?  E Radiador, continuou  tomando só guaraná?

 .O sétimo  e último  conto  do livro  se passa  no futuro. Sabe, leitor, girafas  andam
sempre em bando. Mas, Jaro, o  filhote  de girafa  desta história, não.  Vivia sozinho,
desde que sua mãe morrera. Na verdade, ele só tinha a companhia de uma pequena
búfaga (ave, que  se alimenta de insetos), chamada Papver,  que ele  carregava  nas
costas. Jaro  e Papver  viviam  na  savana. Um  dia, levaram  Jaro  para o  zoológico.
Só,  aos  poucos,  ele  percebeu  que estava preso. Mas, isto foi só  até um cuidador
resolver soltá-lo. Jaro  começou  a  procurar  Papver,  sem  sucesso. O leitor vai  se surpreender quando souber que Jaro foi  parar  numa livraria.  Você  pode  imaginar
o que ele foi fazer lá? 




O humor, o  convite  ao  lúdico  e o apelo ao nonsense  estão  presentes  nessas
histórias, que foram contadas há anos, que  atravessaram o  tempo,  delineando
o passado e registrando  boas lembranças e muitas emoções.


ILUSTRAÇÕES:


Estas ilustrações pertencem ao CONTO 1.







ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE AS ILUSTRAÇÕES E O PROJETO GRÁFICO DO
LIVRO:


As ilustrações  e  o  projeto  gráfico deste  livro são  assinados  por  FERNANDO A.
PIRES. O que promove o encontro da palavra  com  as imagens  é o projeto gráfico.

FERNANDO A. PIRES  parece  brincar com o  traço, desde a capa do livro, onde ele
reúne, em  tamanho  pequeno,  cenários e  os personagens dos contos, em preto e
branco sobre fundo colorido.

Com um traço ágil e, às vezes, inacabado, que é só seu, FERNANDO A. PIRES usa 
espaço das páginas do livro, de uma maneira muito original.  O ilustrador  aproveita 
até   as  margens   das  páginas  para   desenhar  os  personagens  dos  contos.  Em tamanho bem pequeno, eles parecem correr e saltar para fora do espaço do livro.

Fernando abre  cada  conto com uma ilustração sobre fundo de página, na cor cinza.
Estas ilustrações contribuem para retratar a atmosfera de cada narrativa.

No conto 4  do livro  (O PARQUE DE DIVERSÃO DAS TORRES DE TRANSMISSÃO), 
autor  FERNANDO A. PIRES conta  a história  e passa de autor a fazer parte do conto,
como personagem.  Este  conto   divide o livro em duas partes e  por isso o seu texto
está aplicado sobre fundo de página cinza.  Nos outros contos, o  fundo de página é
branco.  O recurso foi utilizado para destacar este conto dos demais.




O AUTOR:

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