DÊ LIVROS DE PRESENTE
INDICAÇÃO: a partir de 8 anos (leitor em processo)
40 PÁGINAS
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Leões são ferozes e correm em bando pela floresta, levando pavor aos outros bichos, com suas caçadas que fazem a terra tremer.
O protagonista deste novo livro da Escrita Fina, porém, é um leão diferente. Quando o bando sai em correria para capturar suas presas, ele se esconde por detrás da poeira e das árvores. Quando todos se juntam ao cair da tarde, para rugir em uníssono no topo do penhasco, ele apenas disfarça e fica em silêncio, quietinho. Ninguém percebe a falta de um urro em meio a tantos outros, afinal.
Além disso, ele não entende qual a graça de se querer tanto poder. O que se ganha sendo o rei das selvas? Preferia se alimentar de folhas e de frutos, em vez de matar animais inocentes. Preferia que não tivesse que impor medo em troca de respeito. Mas, quando ele consegue dizer isso ao leão rei, acaba sendo expulso do bando. Ninguém quer um leão diferente no grupo, um leão que não seja uma fera. Resta a esse leão humilde a solidão e o exílio — que são só o começo de uma nova aventura.
Um dia, uma tempestade isolou os leões dum lado dum rio e do outro ficaram o leão rei e o leão humilde.Quando foram caçar, ele – que sempre se escondia, nunca alcançava os veadinhos, e na hora de urrar nem sabia emitir um rosnado, pois, há muito tempo sem treino, não sabia mais agir como leão – foi interpelado pelo leão rei.– Por que não te portas como um verdadeiro leão? Teu urro parece mais um miado de gato.– Majestade, para que urrar atemorizando toda a natureza se a nossa simples presença já basta para assustar todos os bichos? – Temos todos os dias que fazê-los nos respeitar. E eles só respeitam a força.
Com um texto poético e envolvente, O leão humilde instiga os pequenos leitores a refletirem sobre a questão da diferença e do social, situando de forma lúdica o dilema que, em diferentes medidas, sempre ronda a vida de cada um de nós.
Até que ponto, afinal, é possível se afastar do bando? Como lidar com as singularidades no interior dos grupos, e com as engrenagens de poder no exercício da vida coletiva? Que ninguém espere respostas simples, tampouco lições ou desfechos moralistas neste cativante livro de Pereira Lima.
ILUSTRAÇÕES:
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Como mostram as divertidas ilustrações de Andrei Marani, a representar uma selva de simpáticos animais com feições de gente, o mundo é feito simultaneamente de força e de graça, de terror e de poesia.
O AUTOR / O ILUSTRADOR:
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