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COLEÇÃO ESTRELA
INDICAÇÃO: a partir de 8 anos (leitor em processo)
40 PÁGINAS
“Graças à brincadeira e à imaginação, a natureza inerte dos adultos - uma
cadeira, um livro, um objeto qualquer - de repente adquire vida própria.
Com a virtude mágica da linguagem ou do gesto, do símbolo ou do ato,
a criança cria um mundo vivente onde os objetos são capazes de
responder às perguntas.” OCTÁVIO PAZ
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PEPITA SAMPAIO, autora do livro AQUARELA, desenvolve, neste trabalho,
uma narrativa que dá asas à imaginação do leitor.
A menina AQUARELA, que empresta seu nome para dar título a este livro,
sonha, até mesmo acordada, uma 'realidade' que é só dela.
Movida pela curiosidade e pela inquietude, AQUARELA busca desvendar
algumas questões misteriosas, que vão surgindo, aos poucos, para ela.
“Quando abriu os olhos novamente, olhou para cima e viu um céu de
pontinhos brilhantes. Olhou para um lado e viu uma pitangueira,
linda, frondosa.Atrás ficava a casa branca de janelas e portas verdes
e beirais vermelhos. Olhou para o outro lado, um riacho de águas
claras.
Lá adiante o parque estava escuro.
Foi aí que a coisa complicou de novo. Tentou mexer a mão e não
conseguiu, em seguida, foram os braços, depois as pernas... e nada!
Foi tão embaraçoso se sentir presa, amarrada, colada que nem figura
num papel.
Chegou a madrugada. No esforço de entender..., adormeceu.
Despertou com o barulho lá de fora.
Agora, o céu azul mostrava o movimento do parque e das crianças
novamente. Acordou decidida a se livrar daquela cola. Ou limpava o
balanço ou trocava o vestido, mas ficar ali grudada é que não dava.
Além do mais, tinha que descobrir uma forma de passar pela parede
transparente.
Não foi fácil se soltar do balanço de corda. Com uma dança de estica
e puxa, conseguiu. Ensaiou uma corrida em direção à parede e
empurrou-a com a força do corpo e dos pensamentos. Nem era com
ela, Dona Parede não se mexeu.
- Que parede dura, vou atravessá-la mesmo que seja a última coisa
que eu faça!
Decidiu bater forte até quebrar um pedaço, quando ouviu um chiado
zangado.
- Ei, menina, pare de me bater! Não está vendo que não pode passar
por mim? Não tenho porta, nem maçaneta, janela, fresta ou furo. Não
quebro, não abro e não derreto, não adianta ser grande ou pequena,
tem que arranjar outro jeito.
A menina quase morreu de susto, dois passos para trás, um tropeço,
caiu sentada na grama. Balbuciou desculpas e perguntou para Dona
Parede por que estava presa ali.
- Como vou saber? Sou de vidro, mas não tenho bola de cristal para
adivinhar as coisas. Só sei que não adianta insistir, por aqui você não
passa...Eu não tenho porta nem janela para abrir. Pergunta para o seu
Balanço, ele te carrega há tanto tempo, deve saber melhor que eu.
- O Balanço também fala?"
Ao ler o livro AQUARELA, o leitor vai perceber que, a cada página virada, a
menina vai vivenciar uma situação nova e vai, também, poder acompanhar
AQUARELA em um mergulho no seu imaginário.
Mas onde estão as respostas para as perguntas que inquietam tanto a menina
AQUARELA?
AQUARELA investiga, procura, pergunta aqui e ali, fuça todos os cantinhos da
casa, xereta os armários... e nada!
É no capítulo LUZ NO TÚNEL, que tudo se 'ilumina'. A partir deste ponto da
história, mudanças ocorrem. As circunstâncias desenham um novo contexto
e um reencontro para a menina AQUARELA.
O projeto gráfico de AQUARELA distribui, de forma bem equilibrada, cada
capítulo da história pelas páginas do livro. No texto, o que chama a atenção é
a diagramação,que dá destaque aos títulos dos capítulos, às letras capitulares,
à onomatopeias e palavras onomatopaicas. Fonte, cor e tamanho diferenciados
são recursos, que dão originalidade ao texto e valorizam ainda mais a narrativa.
AS ILUSTRAÇÕES:
As ilustrações de BRUNA ASSIS BRASIL, de forte colorido, apresentam a
personagem AQUARELA em cenários que encantam os olhos e exercem um
papel importante na composição da história.
As imagens, de páginas duplas, são bem variadas em técnicas, que vão da
pintura e colagem à ferramentas digitais..
AS AUTORAS:
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