terça-feira, 1 de setembro de 2015

LANÇAMENTO: "A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ" DE CLOVIS LEVI E ANA BISCAIA (EDITORA VIAJANTE DO TEMPO)

                FACEBOOK DA EDITORA: www.facebook.com/editoraviajantedotempo             


Indicação: a partir de 8 anos (leitor em processo)

108 páginas

TEMAS POLÊMICOS

Apresentar  livros com  temas polêmicos  para o público infantil ou infantojuvenil
não é nada fácil.

No  núcleo familiar, conversas  sobre temas  como: morte, a separação dos pais,
novos  relacionamentos  dos  pais, pedofilia... são,  normalmente,  considerados
tabus.  

De um modo muito lento, estes livros com temas polêmicos, mas que despertam 
muito a curiosidade  dos pequenos, começam a  ganhar um espaço  bem  maior 
nas escolas, que têm um papel fundamental na abordagem e  discussão  destes 
assuntos. 

A curiosidade da  criança  é  normal. Assim, a pergunta  de uma  criança nunca
deve  ficar  sem  resposta. Quando  a  criança   pergunta  e  o  adulto  responde,  
falando sempre a verdade, a relação criança-adulto fica fortalecida.


Falar sobre  a perda de um ente querido, para um  pequeno, transmite confiança.
Numa  outra  fase  da vida, quando  ele tiver que lidar  mais  diretamente com  a
morte, vai se sentir mais fortalecido e preparado para lidar  com aquela situação.

Um  livro de  literatura infantil, que  aborde um tema  difícil, pode  introduzir  uma
conversa sobre o assunto e auxiliar muito a esclarecer as dúvidas dos pequenos.

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SOBRE O LIVRO: "A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ"

A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ foi publicado, em Portugal, em 2012, pela
editora  Lápis  de  Memórias. Agora, está  sendo  lançado,  aqui,  no  Brasil,  pela 
editora Viajante  do Tempo.

O livro de CLOVIS  LEVI  reúne três contos sobre um delicado tema: a  morte. Os
contos são: Espanto Feliz, O Piano de Calda e A cadeira que queria ser sofá, que
dá título ao livro.

No  primeiro  conto, Espanto  Feliz,  o  imperador  de País-lândia, por  estar  infeliz,
proíbe  a  morte e  a  alimentação. Como,  no  reino, ninguém morria, a  população 
aumentou muito e os  alimentos tornaram-se  escassos. Foi então que o imperador
decidiu proibir os  nascimentos e País-lândia  se  tornou um  reino sem  crianças  e
sem jovens. Para saber o  que aconteceu com  aquele reino, vale  a  pena conferir
e ler este conto que  possibilita uma reflexão não  só  sobre  a morte, mas também 
sobre a vida.


O segundo conto, O  Piano de Calda, conta  a  história de  uma família  de  bombons,
que  mora numa  caixa  amarela. Os bombons da família   adoram música e por  isto,
têm  nomes  de  instrumentos   musicais.  O  bombom  Piano  de  Calda  ( ao nascer
recebeu  um banho de calda de  chocolate branco e por isto tem este nome), sempre 
que  ouve  barulho de crianças, vê a possibilidade  de ser escolhido e de  ser retirado
da caixa. Para  ele, sair  da  caixa amarela representa  fazer  um passeio para visitar
mundo. O que  ele não  imagina é que o  seu fim pode  estar  bem  próximo ser  for
retirado da caixa amarela, onde  mora. O conto  O Piano  de Calda mostra, de forma
leve e bem-humorada, para os pequenos, que a  morte faz parte da vida.


O último conto, A cadeira que queria ser sofá, fala de  uma cadeira bem antiga e que
pertence à bisavó Clotilde. A cadeira não entende porque a chamam de 'aquela coisa
antiga dos tempos da bisavó'. A cadeira antiga faz sessenta anos de idade e a bisavó decide comemorar a data. Faz um bolo de aniversário, coloca a cadeira  na cozinha e
chama a  família. A  bisavó  lembra do passado e  de  quando o novo sofá chegou. A
antiga cadeira e o  novo sofá  tinham  lugar na sala da  casa. Agora, que  está 'velha',
a cadeira só sabe lamentar: "Como eu queria ser sofá!" O final do conto reserva boas
e inesperadas surpresas.

A leitura  do livro A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ é um oportunidade de os
jovens leitores treinarem a reflexão.

ILUSTRAÇÕES:

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A ilustradora ANA BISCAIA, que  ilustrou o  livro "A CADEIRA  QUE  QUERIA SER
SOFÁ",  ganhou, com este trabalho, em  2012,  o  Prêmio  Nacional  de  Ilustração
de  Portugal.  


O  júri  da   premiação  valorizou  a  transgressão  dos  alinhamentos  habitualmente
impostos pela composição gráfica e considerou ainda que o texto do livro, em certas
páginas, se  assume como ilustração. 


As ilustrações de "A cadeira que queria ser sofá" exibem  um  valor plástico arrojado
na figuração e na representação alegórica da morte e  da  solidão, respondendo  ao
texto de forma simultaneamente coerente e desconcertante.



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