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Indicação: a partir de 8 anos (leitor em processo)
108 páginas
TEMAS POLÊMICOS
Apresentar livros com temas polêmicos para o público infantil ou infantojuvenil
não é nada fácil.
No núcleo familiar, conversas sobre temas como: morte, a separação dos pais,
novos relacionamentos dos pais, pedofilia... são, normalmente, considerados
tabus.
De um modo muito lento, estes livros com temas polêmicos, mas que despertam
muito a curiosidade dos pequenos, começam a ganhar um espaço bem maior
nas escolas, que têm um papel fundamental na abordagem e discussão destes
assuntos.
A curiosidade da criança é normal. Assim, a pergunta de uma criança nunca
deve ficar sem resposta. Quando a criança pergunta e o adulto responde,
falando sempre a verdade, a relação criança-adulto fica fortalecida.
Falar sobre a perda de um ente querido, para um pequeno, transmite confiança.
Numa outra fase da vida, quando ele tiver que lidar mais diretamente com a
morte, vai se sentir mais fortalecido e preparado para lidar com aquela situação.
Um livro de literatura infantil, que aborde um tema difícil, pode introduzir uma
conversa sobre o assunto e auxiliar muito a esclarecer as dúvidas dos pequenos.
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SOBRE O LIVRO: "A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ"
A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ foi publicado, em Portugal, em 2012, pela
editora Lápis de Memórias. Agora, está sendo lançado, aqui, no Brasil, pela
editora Viajante do Tempo.
O livro de CLOVIS LEVI reúne três contos sobre um delicado tema: a morte. Os
contos são: Espanto Feliz, O Piano de Calda e A cadeira que queria ser sofá, que
dá título ao livro.
No primeiro conto, Espanto Feliz, o imperador de País-lândia, por estar infeliz,
proíbe a morte e a alimentação. Como, no reino, ninguém morria, a população
aumentou muito e os alimentos tornaram-se escassos. Foi então que o imperador
decidiu proibir os nascimentos e País-lândia se tornou um reino sem crianças e
sem jovens. Para saber o que aconteceu com aquele reino, vale a pena conferir
e ler este conto que possibilita uma reflexão não só sobre a morte, mas também
sobre a vida.
O segundo conto, O Piano de Calda, conta a história de uma família de bombons,
que mora numa caixa amarela. Os bombons da família adoram música e por isto,
têm nomes de instrumentos musicais. O bombom Piano de Calda ( ao nascer
recebeu um banho de calda de chocolate branco e por isto tem este nome), sempre
que ouve barulho de crianças, vê a possibilidade de ser escolhido e de ser retirado
da caixa. Para ele, sair da caixa amarela representa fazer um passeio para visitar
o mundo. O que ele não imagina é que o seu fim pode estar bem próximo ser for
retirado da caixa amarela, onde mora. O conto O Piano de Calda mostra, de forma
leve e bem-humorada, para os pequenos, que a morte faz parte da vida.
O último conto, A cadeira que queria ser sofá, fala de uma cadeira bem antiga e que
pertence à bisavó Clotilde. A cadeira não entende porque a chamam de 'aquela coisa
antiga dos tempos da bisavó'. A cadeira antiga faz sessenta anos de idade e a bisavó decide comemorar a data. Faz um bolo de aniversário, coloca a cadeira na cozinha e
chama a família. A bisavó lembra do passado e de quando o novo sofá chegou. A
antiga cadeira e o novo sofá tinham lugar na sala da casa. Agora, que está 'velha',
a cadeira só sabe lamentar: "Como eu queria ser sofá!" O final do conto reserva boas
e inesperadas surpresas.
A leitura do livro A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ é um oportunidade de os
jovens leitores treinarem a reflexão.
ILUSTRAÇÕES:
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A ilustradora ANA BISCAIA, que ilustrou o livro "A CADEIRA QUE QUERIA SER
SOFÁ", ganhou, com este trabalho, em 2012, o Prêmio Nacional de Ilustração
de Portugal.
O júri da premiação valorizou a transgressão dos alinhamentos habitualmente
impostos pela composição gráfica e considerou ainda que o texto do livro, em certas
páginas, se assume como ilustração.
As ilustrações de "A cadeira que queria ser sofá" exibem um valor plástico arrojado
na figuração e na representação alegórica da morte e da solidão, respondendo ao
texto de forma simultaneamente coerente e desconcertante.
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