quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

TEXTO TEATRAL PARA O PÚBLICO INFANTOJUVENIL: NAVIO NEGREIRO NO MAR DO BRANCO DO OLHO DE CLOVIS LEVI E VANESSA ROSA (EDITORA VIAJANTE DO TEMPO)

               FACEBOK DA EDITORA: www.facebook.com/editoraviajantedotempo


INDICAÇÃO: público infantojuvenil


64 PÁGINAS

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A história  NAVIO NEGREIRO NO MAR DO BRANCO DO OLHO de  CLOVIS LEVI
é contada em forma de texto teatral, para ser encenado em um ato.


CLOVIS  LEVI,   no  início  do  livro,  já  surpreende  de  forma  comovente 
seus leitores,  com a seguinte dedicatória:

     "Para os milhões de crianças em todo o mundo onde  a  liberdade,
      temporariamente, morreu. Por que  temporariamente? Porque há,
      apesar de tudo provar o  contrário,  a  permanente  esperança  de
      que a vida dos miseráveis e dos aprisionados  (injustamente) um
      dia vai mesmo melhorar."


Este  texto  teatral convida  o leitor para  uma  viagem cheia de mistérios  a bordo
de uma  caravela   fantasma.  As  cenas  ocorrem,  ora  no  convés, ora  no  porão 
da   embarcação.  A  caravela,  que  partiu  do  Tejo,  em  Portugal,  na  época  dos 
descobrimentos, durante  séculos e  séculos, navegou  ao  sabor  dos ventos  por
lugares distantes, como no Mar do Branco do Olho. Os  personagens,  que  fazem 
parte  da  tripulação  e  que  vivenciam  os  acontecimentos  ocorridos  durante   a
viagem, são  fantasmas  e  crianças  escravas.  Entre   os  fantasmas,  o  destaque 
é   a  personagem Arco-Íris, que disposta a ajudar  as  crianças escravas, enfrenta
bravamente o  doutor  Barão,  comandante  da caravela  e  seu  agressivo  capataz.  
Eles, de modo cruel, fazem   as  crianças   trabalharem  até  não  aguentarem mais.
Por  causa   do  trabalho  exaustivo,  elas  não  resistem  e   acabam  morrendo  de
fome  e  cansaço.   Já  os  personagens  que   são  resgatados  do  mar  durante  a viagem ajudam, também,  a mudar a rotina do navio. Em  meio a  tantas maldades,
será  possível   pensar  que  um  dia  a  vida  daquelas  crianças  escravas  poderá
mesmo mudar para melhor?

Mais do que uma história fantástica, NAVIO NEGREIRO NO MAR DO BRANCO DO
OLHO é uma história sobre as mazelas da alma humana. 

Vale conferir, para refletir.

LEIA UM TRECHO :
  
       Talita - (Tensa / Elétrica) Quantos são agora?

       Arco-Íris - Com mais este que morreu, agora ficaram oito.

       Eram dezenove crianças escravas nesta caravela.

       Risadas aparecem e somem. A ópera recomeça e para.

       Talita - (Faz a conta. Espanto) Já morreram onze?

        Arco-Íris - Tudo de fome, cansaço, fraqueza. (Revolta contida)
       As crianças são obrigadas a trabalhar doze horas por dia! Essas
       crianças escravas que estão na caravela agora acabaram de chegar
       da África, lá de Angola. Por isso, falam português. Nem se acostumaram
       ainda à escravidão e já estão morrendo.


       Talita - (Chocada) Doze horas?! (acelerada) - Mas, então, vão acabar
       morrendo todas elas, todos os escravos.

       Talita - (Agitada) Como é seu nome?

       Arco-Íris - Arco-Íris.

      Talita - Que nome engraçado!

      Arco-Íris - E o seu?


      Talita - Talita. (Nervosa) Quer me explicar, Arco-Íris, pelo amor de Deus,
      o que acontece aqui, nesta caravela? Não estou entendendo nada. O
      que fizeram com a minha cachorrinha Xinxa? Cadê ela? (Insiste) O que
      acontece nesta caravela?

      Arco-Íris - É simples. Está é uma caravela fantasma.

      Talita - (Terror) Fantasma?!

      Arco-Íris - Aquele que passou cantando é o famoso Fantasma da Ópera.

     Talita - (Morre de medo) Era...era...era fantasma...?!

     Arco-Íris - A gente vai a tudo quanto é lugar. Às vezes, navegamos no
     Oceano Atlântico, no Índico. Agora, estamos no Mar do Branco do Olho.
     Daqui a pouco, Atlântida, ou então...

      Talita - (Confusa) No Branco do olho?


O livro  de  CLOVIS LEVI parece  ter sido  escrito para  surpreender o  leitor e, de
fato, surpreende.

As cenas de  NAVIO  NEGREIRO  NO  MAR DO BRANCO  DO OLHO permitem que
leitor reflita a respeito  da  desumanidade  e,  também, a  respeito da  opressão e da exploração  de   crianças  escravas.  Ao  mesmo  tempo,  indica  que  o  ser humano
tem o  direito de realizar  suas escolhas,  direito  à  alimentação  e à liberdade.  Num
intenso jogo  de  sentimentos  e  emoções, a  história  do livro  se  desenvolve  para
mostrar como era a luta para romper os grilhões da morte e como era sofrida a vida
da  tripulação daquela  caravela, que navegava na contramão da esperança.

ILUSTRAÇÕES:

 


As  ilustrações da  artista  VANESSA  ROSA  chamam  a atenção do leitor desde a
capa do livro e enriquecem visualmente o texto de CLOVIS  LEVI.  

Num traço que  é só seu, a artista,  ao fazer  a  caracterização  dos  personagens,
amplia o imaginário do leitor.

A narrativa visual, carregada de dramaticidade, ratifica  o clima  tenso da história.

Numa profusão  de traços  e  linhas,  num  jogo de  claro e  escuro, as ilustrações
exploram o  preto, o  branco e o  azul, como  contraste -  poucas  cores e  muitos
detalhes.

A 'leitura' das  ilustrações  deste  livro leva  o  leitor  a  viajar na imaginação para
além do que é contado no texto de CLOVIS LEVI. 




Ao ler NAVIO NEGREIRO NO MAR  DO BRANCO DO OLHO, o  leitor irá descobrir espaços livres para muitas reflexões.




OS AUTORES:
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